sexta-feira, 17 de maio de 2013

Em frente ao mar.

Simplesmente me concentrei no balanço das águas, no barulho fraquinho das pequeníssimas ondas batendo nas pedras.... são ondinhas, apenas... então é um barulhinho bem fraquinho... que se misturou ao dos carros passando velozmente pela beira-mar... à voz das pessoas que passavam em sua caminhada habitual... e ao canto suave de alguns passarinhos que de quando em quando vinham checar se estava tudo bem.

Acho que é isto mesmo que os passarinhos fazem: checam se está tudo bem... porque se não está, eles voam rapidinho pros seus ninhos.

E nesse olhar o balanço do mar, deixei minha mente se encher do azul que nele refletia.

Você tem ideia de há quanto tempo não deixo a minha mente apenas receber a cor azul? E apenas os sons que listei logo ali atrás? E de apenas do cheiro de mar?

Tudo bem houve outros cheiros também, mas deixei-os ficar em segundo plano.

Um único cheiro forte que me impregnou profundamente foi o do mangue por onde passei antes de chegar e parar um pouquinho depois da Ponta do Coral. Mas dei menos importância a ele, uma vez que estou decidida a apenas ver o lado bom, cheiroso, perfumoso da vida... pelo menos hoje.

Lembro-me de tudo - ja falei isso - nos mais pequenos detalhes há um bocado de tempo. Então minha mente fervivlha e fervilha muito. Ela estava precisando dessa tranquilidade proporcionada pelo azul do céu refletido no mar. E foi nisso que foquei minha atenção dirigida.... a periférica, obviamente, captou outras coisas... coisas sem a menor importância.

Todo mundo precisa de férias de vez em quando. E eu me dei uma manhã todinha de férias, de frente pro mar, sentindo o sol no meu rosto, no meu corpo (confesso que o moleton não foi uma boa ideia... mas a regata fininha compensou)... os pés diretamente na natureza: uma grama verdinha, verdinha.

Essa linda manhã foi um divisor de águas pra minha mente. Prometi a mim mesma que repetirei a experiência até que se torne o habitual, o natural... Só quero na minha mente a cor azul e os cheiros e sons da natureza.

E eu ainda vou chegar a algum lugar - e ficar de férias - onde não haja barulho de (in)civilização... ah! se vou...

Enquanto isso continuo a minha vida na sua normalidade completamente vulnerável.

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