domingo, 31 de março de 2013

Então, falando de ficar mais parecido consigo mesmo, eu acho que é simplesmente impossível você ser um sujeito de um jeito hoje e um pouquinho diferente amanhã. Eu acho que amanhã é você mesmo um pouquinho mais parecido com você mesmo, com o que você era ontem e também com o que era antes de ontem... ou com qualquer outro dia qualquer de sua vida.

Ah! você pode dizer 'mas uma vez eu era criança e era diferente de quando era adolescente e era diferente de hoje que tenho 34 anos'... Claro, claro, não estou falando desse tipo de diferença ou de igualdade. Não sou nenhuma louca de dizer que você não ficou diferente do dia em que nasceu ao que se transformou hoje.

Veja... usei a palavra 'transformou'. 'Transformação' é mudança de forma, metamorfose... você vai mudando o tempo todo, constantemente. A começar pelos trilhões de células do seu corpo, tudo em você se transforma... muda de forma.
 
A renovação do seu sangue é tão intensa que a cada novo dia entram em circulação cerca de oito mil novas células sanguíneas... isso significa que seu sangue é composto por células diferentes e fica diferente, mas fica o mesmo. E é exatamente disso que estou falando. Você fica diferente, mas fica você mesmo.
 
Sua alma, sua essência é a mesma do seu nascimento à sua morte. Se você não concordar comigo, não importa; este espaço é meu e coloco nele o que eu quero, o que eu penso. Se você pensa igual, beleza... se pensa diferente, beleza também.
 
Veja como passa o tempo... você sempre pensou igual ao que pensa hoje? Não... quem sabe eu faço você mudar de ideia. 

Eu já mudei tanto de ideia na minha vida. Agora vou fazer a mudança mais radical de todas. Vou partir pro mundo. O céu será meu teto. Já venho me preparando pra isso há algum tempo... está chegando a hora de deixar o que sou pra ser outra. Vou mudar, vou começar a ser a outra (daqui a pouco... daqui a alguns posts rs), mas vou continuar sendo eu mesma.
 

sábado, 30 de março de 2013

Voltando a falar de paciência...

Admiro as pessoas pacientes e quero me tornar uma pessoa paciente. Certamente não conseguirei ser paciente igual a Jó. Certamente ñunca ouvirão falar 'paciência de Roca', como se referem à paciência de Jó. Mas se até o fim da minha vida eu conseguir ter pelo menos um pouquinho de paciência já me dou por satisfeita.

Sim, meu nome é Roca... depois explico a origem do meu nome.

As pessoas mudam, o mundo muda o tempo todo. As pessoas não mudam e o mundo é hoje o que era exatamente lá no início de tudo. Sei parece que estou me contradizendo. Mas estou falando com base em fatos; então se há contradição aí é porque os fatos em sim já são contraditórios.

Mas eu acho que a graça na vida está no fato de as pessoas parecerem mudar, ou não.... Fica sempre uma incógnita no ar. As coisas são nebulosas, obscurecidas, como que cobertas pelas nuvens. As pessoas são como um ambiente em que a névoa tomou conta. Se você não andar com cuidado, vai batendo nas coisas que encontra. Você anda por ele tateando, tentando conhecer pelo tato... pra se sentir seguro sobre que caminho seguir.

É com as pessoas é assim mesmo. Só que você não as tateia com as mãos, você as 'tateia' com os olhos e com os ouvidos. E isso torna a vida apeciável, sutentável.

Fico aqui pensando se todo mundo agisse sempre da mesma maneira. Imagino se ontem, fosse igual a ontem, que foi igual ao anteontem... e se amanhã fosse igual ao hoje, e depois de amanhã, e depois, e depois... até o fim... se fosse tudo igual. Seria o tédio total. Ou não!

As pessoas estariam tão acostumadas com tudo igual o tempo todo que o normal seria ser tudo sempre igual. Ninguém conheceria o diferente. Todo mundo conhceria todo mundo e todo o mundo porque bastaria conhecer a si próprio e mais um pra saber que o resto é tudo igual. Bastaria conhecer o seu próprio quintal e o de seu vizinho pra conhecer o mundo.

O Sol nasceria no Leste e morreria no Oeste todos os dias.... e ninguém ia estranhar.

Hahaha! Peguei você. Isso já acontece Nascente... Poente desde que o mundo é mundo. E ninguém sente tédio, por isso.

Continua....

quarta-feira, 27 de março de 2013

Ser paciente é ter paciência, isso de acordo com o dicionário. O que é uma bola? Um bola é algo redondo. O que é redondo? É uma bola kkkk

Aí você tem de ir procurar o que é paciência para saber o que é ser paciente... ai ai ai. Haja paciência. Isso realmente me cansa.

Mas, enfim, ainda de acordo com o dicionário 'paciência' é ter a capacidade para esperar com calma - que não tenho muita... acho que não tenho nenhuma -, suportar infortúnios, dores, dissabores com resignação. Meo Deos, será que existe alguém assim? Deve existir sim, porque, se não existisse, não teriam conseguido definir paciência dessa maneira.

Mas, tem mais. Ter paciência é ser perseverante na execução de uma coisa difícil e demorada. Ah! Gostei. Sou paciente... persevero na decisão de me mudar... e tá difícil... tá demorado sair daqui Mas, um dia eu saio.

Todo mundo conhece a pessoa mais paciente do mundo. O cara viveu antes de Cristo e as pessoas ainda se referem a ele... Jó, paciência de Jó. Será que se Deus não tivesse mandado o diabo parar de atacar Jó, ele teria aguentado mais um pouquinho? Acho que sim... ele tinha uma paciência de Jó.

E, por falar em Deus, você acredita em Deus? Eu, bem... todo dia eu acho que sim... todo dia eu acho que não... acho que existe Deus - é impossível não existir - e acho que não - é impossível existir.

Continua....

terça-feira, 26 de março de 2013

A chave da felicidade. Todo mundo quer encontrar a chave da felicidade. E pra eu encontar a minha felicidade do que menos preciso é de chave. Vou pro mundo, pra liberdade... o céu é o meu limite. Vou atrás de meu sonho maior, vou realizá-lo e ser feliz.

Pra ser mais feliz seria ir realizar meu sonho lá em Paris. Mas, como estou no Brasil, vou realizá-lo por aqui mesmo.

Paris - Cidade Luz...você sabe por que a capital francesa é chamada de cidade luz? Adoro saber as coisas, se você é como eu continue lendo que depois eu volto no assunto. Mas, se você é ansioso e não consegue esperar um minutinho, beleza, vai procurar no Google.

Não estou sendo rude com você; eu mesma não ia ter paciência de esperar e ia procurar no Google. Então não me incomodo se você for. Só não demora, não começa a navegar e vai esquecer de voltar pra cá. Vá, mas volte... logo.

O que é ser paciente?

Continua....
As ruas de Paris. Tem cocô de cachorro sim. Sempre tinha ouvido falar que  tinha cocô de cachorro nas ruas de Paris, mas só acreditei quando vi. Pelotinhas por todo canto. Mas, sinceramente, nem tanto cocô consegue tirar a beleza da cidade... é simplesmente maravilhosa.

Então, como eu estava falando, nas ruas há muito cocô. Lembro de no primeiro dia que saí para passear pela cidade, estava andando pela calçadae na minha frente ia um homem alto, bem alto... devia ter 1,90 m ou mais.... magrinho, magrinho. Calça preta, camisa xadrez azul, preto e verde... um xadrezinho pequenininho. Em uma mão, ele carregava uma baguete. Como a camisa era de mangas curtas, pude ver o relógio dele. Um relógio muito grande, desproporcional pra magreza dele, pensei comigo. A impressão que eu tive foi de que o relógio pesava mais que o próprio homem.

E todo faceiro o cachorrinho que o homem magrela segurava por uma cordinha vermelhinha com dourado nas pontas parou, bem na minha frente (há uns dez passos)... e fez cocô.

O homem parou também e ficou esperando o cachorrinho terminar. E enquanto olhava o cachorrinho fazendo cocô tirou um naco da baguete e comeu. Beleza, né? Não, não.... ele tinha acabado de - com aquela mão que segurou o naco de pão - erguer o rabinho do cachorrinho... e... bem, não vou escrever aqui o que ele fez. Deixo por sua conta imaginar.

Só sei que eu fiquei enojada.

É marca registrada das ruas de Paris o cocõ. Mas, vamos ser honestos.... há ruas lá em que não vi nadinha, nadinha de cocô. Lembro bem da rua em frente aos Invalides... limpinho, limpinho. Também nas ruas próximas ao Museu Rodin, nadinha sujo.

Mas, sendo mais honesta ainda... não andei por todas as ruas de Paris, por isso não posso generalizar... então, há ruas e há ruas na cidade Luz.

Não posso esquecer que vou me mudar... tenho de parar com essas divagações e me preparar psicologicamente para a maior mudança da minha vida... ou a menor (rs), porque só vou levar umas coisinhas comigo.

Continua...

Foto
Memória de elefante... isso sim. Assim que é a minha. Lembro tudo, sempre. Fecho os olhos e me remeto a um dia qualquer da minha vida, em qualquer lugar. E tudo vai passando pela minha mente, exatamente como um filme, colorido, tudo o que vi, tudo o que vivi. Falei um filme colorido, mas há certos dias que passam em preto e branco. E não sou eu que escolho se será colorido ou em preto em branco. Eles simplemente aparecem de um jeito ou de outro.... sempre os mesmos dias.

Já li em algum lugar alguma coisa do tipo: nossa mente foi feita pra esquecer. A minha veio com defeito...não, não veio com defeito; de repente começou a não esquecer mais e não se esquece de nada. Acho que é por isso que sou assim, do jeito que sou. A minha mente é o lugar com mais entulho que conheço. Está tudo lá desde os meus 15 anos. E agora tenho 32. São 17 anos de informações armazenadas (e muitas, muitas não servem pra nada).

Eu sei que existem cursos, para melhorar a memória. Mas nunca vi falar de um que ensinasse a arte de esquecer.

Tudo começou exatamente no dia em que fiz 15 anos, eu estava dizendo. Eram 6:45 o despertador tocou. Meu despertador era em formato de um galinho que me acordava com um quiquiririquiqui... e quando eu apertava o botão pra desligar, dizia: good morning. Não dá pra acordar de mau humor assim, né? Um galinho falando inglês. Imagina... rs

Com o tempo fui me acostumando a ser diferente, a não esquecer nada, levando uma vida normal.
Claro, normal dentro dos meus padrões, porque eu vejo muito bem o olhar das pessoas  quando me aproximo... ouço o que dizem sobre mim e compreendo muito bem, embora todos digam que tenho problemas psiquiátricos... Eu sou a pessoa mais normal do mundo.

Continua....
E agora tô aqui pensando: quem foi que concluiu que o peixinho dourado tem memória de três segundos?

São feitas pesquisas, eu sei... ninguém fica tirando conclusões assim... do nada.

Então, está lá no seu laboratório o cientista fazendo pesquisa sobre a memória dos peixinhos dourados. Os peixinhos olham pra tudo aquilo - que não é seu habitat - e acham um tédio. E ficam com cara de tédio o tempo todo. Não mudam nem um pouquinho, não mostram alegria, tristeza, bem-estar, dor. Sempre a mesma cara... de tédio. Boca meio tortinha e sobrancelhas levemente levantadas, em forma de arco.

E com essa carinha ficam até o fim do experimento. Conclusão: Surpresa! O cientista interpreta como se fosse cara de surpresa. Porque o peixinho faz cara de surpresa a cada três segundos.... (mal sabe o cientista que no mundo dos peixinhos aquela cara é cara de tédio... e só). E daí pra dizer que a memória do peixinho é  só de três segundos é um salto...

Por que não é de dois ou de quatro segundo? Por que exatamente três?

Pode ser que no experimento eles dessem de comer pro peixinho a cada pouquinho. E, a cada três segundo o peixinho - glup - engolia um tiquinho de ração. Pronto. Dedução: O  peixinho esqueceu que há três segundos comeu... não sabe o cientista que o peixinho nunca tinha encontrado comida tão fácil e resolveu simplesmente se empanturrar...

Lá onde os peixinhos moram é uma luta diária por comida... um come o outro... o maior come o menor. É a lei da vida, você pode me dizer!
É a lei da morte... isso sim.

Continua....

segunda-feira, 25 de março de 2013

Então, voltando a falar do meu amigo que reclama de pagar aluguel... que fala sempre de seu salário jogado no lixo... sabia que o apartamento dele parece um depósito de lixo? É ele não pode falar diferente... o dinheiro dele é pro lixo mesmo.

Só fui no apartamento dele uma vez. Mas a impressão foi tão forte. O cheiro ruim, a umidade... que ainda sinto no meu nariz. Nesses momentos gostaria de ter a memória de um peixinho dourado... é de três segundos... não sei se é lenda. Mas, imagine, o peixinho dá a volta pelo aquário mil vezes por dia e sempre é novidade. Ainda bem, porque se fosse diferente ia ser o maior tédio. Ele ia querer morrer afogado de tanto tédio. Se em um aquário há dois peixinhos dourados, cada vez que eles se veem é como se fosse a primeira vez. Imagina se eles se apaixonam... é sempre como se fosse a primeira vez. Que engraçado.

Agora pensando com os meus botões... não sei se o apartamento dele é que parece um depósito de lixo ou se é o contrário.

Será que estou obcecada por moradia? Está tudo planejado. Dentro de poucos dias saio do meu apartamento. Será que meu destino é um depósito de lixo?

O futuro dirá... e certamente você saberá, porque eu vou escrever aqui tudinho o que vai acontecer na minha vida.

Já falei que sou ótima observadora? Pois é, sou... principalmente de ruas. Observo detalhadamente cada pedacinho. Uma vez só, na minha vida, fui pra Paris - como a visita ao apartamento de meu amigo - tanto o apartamento quanto as ruas por que passei na capital da França, tudinho está gravado na minha memória.

Eu sou assim, não esqueço nada.

Continua... :)

domingo, 24 de março de 2013

Até hoje, em toda a minha vida, e olha que eu já tenho muita vida vivida, só conheci uma moradora de rua. Na verdade, conheci uma família moradora de rua. E acho que foi o que vi nessa família que me fez desejar tanto ser moradora de rua.

Eu gosto de caminhar, faço todos os dias longas caminhadas. Sou eu andando pelas ruas e as ruas me fazendo companhia. Gosto de um monte de outras coisas, mas particularmente agora importa falar do meu gosto por caminhadas.

Todas as noites, impreterivelmente às 20 horas eu saio pra caminhar. Faça sol, faça chuva. Sol não... onde moro às 20 horas nunca tem sol... às 20 horas ele já foi espalhar seu brilho em outro lugar.

Então, com chuva ou sem chuva, saio pra caminhar. É a mesma rotina das 20 às 22:30 horas, diariamente... diariamente, não... noturnamente rs.

Nessas caminhadas noturnas, soturnas é que conheci a única família moradora de rua que conheci em minha vida. Até agora, é claro. Porque a partir de hoje, em razão da minha nova opção de vida, certamente irei conhecer outros moradores de rua.... outras famílias moradoras de rua.

A família que conheci era uma família feliz. Tinham 'casa' própria, não pagavam aluguel.

Não sei quem inventou isso de pagar aluguel. Quem disse que quando Deus criou a Terra determinou que apenas alguns seriam donos de um pedacinho e outros teriam de pagar para morar em um pedacinho? Há muita coisa errada no mundo, e essa de pagar aluguel é uma delas. Em minha modesta opinião, claro.

Tenho um amigo que fica extremamente infeliz todo dia 5 do mês (desconfio que ele é infeliz os outros dias também, mas ele disfarça muito bem). No dia 5 de cada mês, ele escancara sua infelicidade porque, como diz ele:

- Hoje é dia de jogar dinheiro fora. Hoje vou pagar meu aluguel. Meu sofrido dinheirinho vai pro bolso do Fulano de Tal.

Acho que é por isso que sou tão contra pagar aluguel. Pela infelicidade do meu amigo... ou não. Sei lá... também não tenho de achar razões pra tudo, né? Até acho que o mundo é do jeito que é porque todo mundo tem lá suas razões.

Mas também tenho um amigo que expõe mil e uma razões pra não se ter imóvel próprio... mas isso é conversa pra outro dia.

Continua... outro dia :)

sábado, 23 de março de 2013

Eu sempre soube que se eu não fosse o que sou seria moradora de rua. Mas eu sou o que sou, então não sou moradora de rua.

Até hoje.

Ninguém é a vida toda sempre a mesma coisa. Todo mundo muda... por dentro e por fora. E ao redor também. Muda de cidade. Muda de carro. Muda de cabelo. Muda de cor (Michel Jackson, pelo menos mudou rs). Muda de estado civil. Muda de profissão. Muda de vida.

Então por que eu também não posso mudar? A partir de hoje vou mudar. Não serei mais o que eu sou - serei o que sempre quis ser: moradora de rua.

Você já prestou atenção nas ruas quando anda por elas? Aposto que sim, mas aposto que não.

Estou falando de prestar atenção mesmo; em tudo, o tempo todo. Dirigir sua atenção pra tudo aquilo que está e também pra tudo o que não está visível. Ver o que não se deixa ver tão facilmente.

Eu presto atenção... a rua me fascina. E, por isso, será minha morada, de hoje em diante.

Continua...