Então, como eu estava falando, nas ruas há muito cocô. Lembro de no primeiro dia que saí para passear pela cidade, estava andando pela calçadae na minha frente ia um homem alto, bem alto... devia ter 1,90 m ou mais.... magrinho, magrinho. Calça preta, camisa xadrez azul, preto e verde... um xadrezinho pequenininho. Em uma mão, ele carregava uma baguete. Como a camisa era de mangas curtas, pude ver o relógio dele. Um relógio muito grande, desproporcional pra magreza dele, pensei comigo. A impressão que eu tive foi de que o relógio pesava mais que o próprio homem.
E todo faceiro o cachorrinho que o homem magrela segurava por uma cordinha vermelhinha com dourado nas pontas parou, bem na minha frente (há uns dez passos)... e fez cocô.
O homem parou também e ficou esperando o cachorrinho terminar. E enquanto olhava o cachorrinho fazendo cocô tirou um naco da baguete e comeu. Beleza, né? Não, não.... ele tinha acabado de - com aquela mão que segurou o naco de pão - erguer o rabinho do cachorrinho... e... bem, não vou escrever aqui o que ele fez. Deixo por sua conta imaginar.
Só sei que eu fiquei enojada.
É marca registrada das ruas de Paris o cocõ. Mas, vamos ser honestos.... há ruas lá em que não vi nadinha, nadinha de cocô. Lembro bem da rua em frente aos Invalides... limpinho, limpinho. Também nas ruas próximas ao Museu Rodin, nadinha sujo.
Mas, sendo mais honesta ainda... não andei por todas as ruas de Paris, por isso não posso generalizar... então, há ruas e há ruas na cidade Luz.
Não posso esquecer que vou me mudar... tenho de parar com essas divagações e me preparar psicologicamente para a maior mudança da minha vida... ou a menor (rs), porque só vou levar umas coisinhas comigo.
Continua...
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