Desculpe-me pelo desabafo... não acho a vida uma droga, não. Às vezes ela é uma droga, às vezes não. Depende do ângulo que olho pra ela. Quando saí pra rua, eu estava olhando pra vida de um jeito todo negativo, estava olhando através de uma vidraça toda embaçada... estava olhando de um ângulo errado.
Agora, mudei de ideia... sou boa nisso... mudo de ideia constantemente, sou uma metamorfose ambulante... ops estou me repetindo. Ah! isso é outra coisa que faço... me repito e me repito constantemente. Também não dá pra ser original o tempo todo. Cansa. Se você não consegue me acompanhar, beleza... não sofra por isso. A maioria das pessoas não consegue seguir meu ritmo mesmo.
E no que eu escrevo se você perceber incoerências... são incoerências mesmo... eu sou assim: in-co-e-ren-te mesmo.
Agora sinto o clima tropical... uma leve brisa... o céu está azul... algumas nuvenzinhas passeiam tímidas por ele. E eu estou olhando pra vida de um ponto de vista positivo, de um ângulo colorido.
Melhor assim!
Quando saí eram mais ou menos 6 horas da manhã. A rua por onde passei estava quase deserta. Na direção oposta à que eu seguia, estava um senhor de meia idade, baixinho... cabelos ralos... brancos... passeando com um cachorrinho. E só.
Depois de eu andar dois quarteirões, encontrei duas garotas...pelo uniforme, deduzi que eram funcionárias de um posto de gasolina. Há um posto de gasolina perto de onde é minha moradia tradicional - uma casa.
Dobrei na esquina e segui pela beira-mar. Já falei que moro no litoral? Não? Então estou falando agora. Sim? Só estou me repetindo. Moro no litoral... há muitas praias lindas por aqui... na verdade, tudo é muito lindo por aqui.
As pessoas são legais, o clima é gostoso, e o mar... ah! esse é indescritível.
Viu!? Agora estou de bom humor... estou vendo tudo lindo. Estou amando até o Sol que acabou de nascer. Normalmente não gosto do Sol... fujo dele. Procuro sempre por uma sombrinha quando estou andando pelas ruas, e à praia só vou quando chove... brincadeirinha... vou quando não chove também.
E fui andando. De repente me deu um ataque de pânico. Você já deve ter ouvido da síndrome de pânico. Esta eu também já tive... pra falar a verdade nem sei se estou curada.
Pânico.... o mundo é imenso demais para eu querer morar nele... o céu é infinito... como poderei dizer que é o meu teto?? Meu Deus, eu sou tão pequeninha. Quero o limite de paredes, quero o limite de um teto de telhas... quero uma casa, uma cabana ou uma barraca... pode ser até uma barraca.
Gostei da ideia da barraca... depois vou averiguar se há alguma que pese quase nada pra eu carregar comigo, no caso de eu sentir agorafobia - esse medo que me deu de estar em um espaço tão aberto.
Volto pra casa?
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