Estava aqui pensando se realmente quero ser a outra pra qual tenho me preparado... não cheguei nem a sim, nem a não. Eu quero e estou decidida. Então, por que protelo tanto a minha ida?
É tão fácil... é só pegar uma mochila, colocar algumas coisinhas dentro... pegar o caminho do mundo e pronto. Mas, não, eu fico aqui pensando em cada detalhe: comida (situação já resolvida); bebida (um copo d´água sempre vai ser fácil conseguir... ou quase sempre).
Quanto à água, pensei: quando estou na cidade, em algum lugar habitado, vai ser fácil... mas e quando eu estou no caminho? Aí vai ser difícil. E é bem provável que vai ser o momento em que eu mais vou sentir sede... principalmente quando for verão.
Claro, já sei que você vai pensar 'por que ela não carrega uma garrafa d´água junto com ela?'. O problema é que não quero carregar peso... é só isso. Se não fosse isso, claro que eu já teria resolvido a situação da água.
A melhor coisa pra mim, eu acho, é que eu deveria ter nascido na rua. Ia ser mais fácil, não iria conhecer a vida de dentro de casa.
E documento? Levo ou não levo? Não consigo me decidir...
Acho que eu deveria ter nascido tartaruga... aff!
Há uma frase de Simone de Bouvoir que eu amo... acho que ela me 'define': "Que nada nos limite. Que nada nos defina. Que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância". Não é linda?
iiii, agora lendo melhor, acho que não me define, não... porque a Simone tá dizendo pra gente não ser definida... e a frase dela acho que me define.
Liberdade... é pra onde eu vou. Mas, não consigo decidir o que levar, o que não levar.
Acho que você já percebeu que hoje estou meio confusa... no meio de tudo que está na minha cabeça, agora, pra complicar, tem um monte de pontos de interrogação.
Mas eu não vou desistir não. Mundo, me aguarde!
Continua....
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