sábado, 15 de junho de 2013

Fugi das baratas... e me lembrei de uma coisa: quase todo morador de rua, quase todo andarilho dorme em bancos... sempre vi isso. Por que não me dei conta disso antes? Não teria passado pela situação humilhante, nojenta de ter baratas passeando pelo meu corpo...

Uma vez fui a Buenos Aires... algumas avenidas lá são larguíssimas e entre elas há uma calçada ladeada de grama... lembro-me muito bem de ter visto muitos mendigos dormindo no chão... Agora pensando aqui, enquanto escrevo, foi um dos poucos lugares em que não os vi dormindo em bancos. Eu, com minha memória prodigiosa, não ter me dado conta disso... aff!!

Deitei no banco - duro, muito duro. Fiz um 'travesseiro' com minha mochila e tentei dormir mais um pouco. Não consegui. Meus pensamentos passavam por minha cabeça à velocidade da luz... mais rápido até... acho. Gostaria de parar de pensar um pouco. Mas essa é uma história muito conhecida minha... se estou acordada, penso e penso como uma louca... Dormir é bom... é muito bom.

Alguns baderneiros chegaram em quatro ou cinco carros... com o som ligado a todo o volume. Espantaram pra bem longe meu sono. Sentei-me no banco e esperei. Esperei o dia amanhecer naquele barulho ensurdecedor.

Um dos baderneiros, de cabelo grisalho, me viu e me ofereceu uma garrafa de cerveja. Agradeci educadamente: não bebo álcool... e ele sorriu.

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